quarta-feira, 1 de junho de 2011

Alternativa cultural é ser dono do próprio nariz

Em tempos de Ecad, um ex-membro do Ministério da Cultura aparece defendendo umas ideias malucas. Ele diz, por exemplo, que o aprisionamento do conhecimento é algo recente e que o Creative Commons não é contra o direito do autor.



O escritor que mais arrecada com direitos autorais no Brasil também pediu: "pirateiem meus livros". Leiam o que disse Paulo Coelho no Blog do Rovai.

8 comentários:

Adair Carvalhais Júnior disse...

Obrigado pelo comentário Doutor.
Vou procurar seu texto na ufmg.

abraço

nana lopes @Nanamada disse...

agradeço a visita!desculpe a musica ter acordado a casa toda,hahaha!.vou rever esse item! alguns gostam outros não...xeretando seu espaço!

Anônimo disse...

muito bom seu blog ja estou seguindo abraços
http://blogandodemadrugada.blogspot.com/

Doutor Sujeira disse...

Adair, Nana e Gabriela: obrigado a vocês.

Anônimo disse...

não achei maluco o cara, não. Muito lúcido até. Quer tom jobim?, vai ter que pagar a Warnes, que não criou um único acorde...

Anônimo disse...

Warner, Warner Brothers, broder, que é a atravessadora de muitas canções de tom jobim, já o neto de CDA, que não botou uma vírgula na obra do avô (ainda bem, né, já pensou?) fica atrás da caixa registradora, dizendo o que pode e o que não pode e qual é o preço...A minha dúvida é apenas quanto à possibilidade de o cara viver da sua obra, o que parece justo mas não tá garantido. Isso precisa ainda ser resolvido, nem copyright nem creative commons garantem ao autor viver do seu trabalho, o que seria o mínimo, não acha?

Doutor Sujeira disse...

Anônimo, quando eu disse "maluco" tinha uma certa ironia aí, pois o Célio Turino é um dos caras mais lúcidos que conheço. Os direitos do autor devem ser reconhecidos e não podem, na minha opnião, serem substituídos por uma licença nem serem confundidos com os direitos autorais. Direito de autor x direitos autorais ou copyright: geralmente, é nessa confusão que os atravessadores, como vc bem disse, apostam. Quando até o Paulo Coelho descobre que é melhor para ele que o pirateiem é porque tem alguma coisa que precisamos entender melhor. Eu não sou especialista em direito autoral nem em creative commons. O pouco que sei é que essas são apenas 2 das muitas formas de se negociar conhecimento, e que o creative commons parece muito mais democrática. Todos devem viver do seu trabalho sim, e na sociedade capitalista isso é fundamental para a sobrevivência. Mas, não custa provocar: o que é e como se define o trabalho intelectual? Radicalizando um pouco, poderíamos pensar assim: só Deus ou quem criou isso aqui é que tem o direito autoral sobre a versão original, pois o resto como disse o Voltaire é tudo reciclagem. Na dúvida, eu prefiro apostar que as pessoas precisam do conhecimento em primeiro lugar e depois do dinheiro.

Enfim, essa polêmica é longa, e como não-especialista em nada, ou tudo, já nem sei; a intuição que eu tenho é a mesma do entrevistado: caminhar para libertar o conhecimento. Bem, alguém dirá: e o prato de comida? O prato de comida, ora, a gente vê depois. A gente não quer só comida.

Anônimo disse...

pelo que sei é comida+diversão+arte, não dá pra cortar um, não dá pra escolher só a arte, afinal é preciso uns trocados pra dar garantia. Vc ficar fazendo sua arte, divertir-se e aos outros e a grana que poderia garantir a sua comida ir pra outro que apenas atravessa...isso não tá certo. Se não, vamos ficar eternamente dependendo do estado brasileiro. O que seria a literatura brasileira sem o Ministério das Relações exteriores? Numa passada rápida: Guimarães Rosa, Vinícius de Moraes, Murilo Mendes, João Cabral de Melo Neto, o grande escritor maraense José Sarney, adido cultural na embaixada brasileira em Paris, autor de "Brejal das Almas", um livro que, segundo Millôr Fernandes, quando vc larga não quer mais pegar (o mesmo, aliás, que empregou Paloma Amado na embaixada, onde ela produziu sua grande obra litero-antropológica, que consistiu em retirar das obras do pai, as receitas de comida baiana e reuní-las numa única, e assinou embaixo...), sem o MRE e até o DIP (Departamento de Informação e Propaganda)onde trabalhou o insigne CDA, o que seria da arte brasileira?, portanto não só pérolas aos porcos, mais um pouco de carne de porco no prato dos artistas, resultado de seu próprio trabalho...