quarta-feira, 30 de março de 2011

31 de março de 1964

Ninguém sabe o dia de amanhã.



* No Clube Militar o golpe é também conhecido como Movimento Democrático 31 de março.

sábado, 26 de março de 2011

Martin Circus

Dia 27/03 é o dia do circo.




O vídeo acima é uma homenagem aos palhaços, com a banda françesa Martin Circus.




quinta-feira, 24 de março de 2011

Das Incontáveis Desgraças - VII

Das incontáveis desgraças do meu time está a de ter a maior bandeira do mundo:



Dos 3 jogos que encontrei do Canal 100 sobre o Galo, só esse terminou com vitória. E o pior é que tem torcedor que comemora esse jogo como se fosse um título importante até hoje. Hoje, quando entrei num blog do Galo só vi notícias sobre bandeiras, torcida e falcatruas em geral.  O Galo completa 103 anos amanhã,  dia 25/03. E de uns 20 anos pra cá tem se tornado uma equipe mediana.

Mas, como diz o poeta, amanhã será outro dia...

Veremos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Como anda a cultura em BH?

           Após resoluções e posicionamentos advindos da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte que transpareceram o direcionamento real das políticas culturais na capital, sentimos a necessidade de promover e participar das reações contra essa política. A maior parte do financiamento da cultura em todo o Brasil não é um financiamento público e sim através de um sistema de dedução fiscal (integral) transferindo o dinheiro e a responsabilidade pública para as empresas, seguindo a lógica dos interesses privados.
            Esse sistema faz parte de um processo de privatização da cultura que tem sua origem no governo Sarney com a Lei Sarney, instaurando o modelo de incentivo fiscal na política cultural. No governo Collor houve a criação da Lei Rouanet – vigente até os dias atuais – no qual os profissionais da cultura procuram recursos em instituições e empresas privadas, que ao apoiar determinado projeto cultural ou artístico tem parte de sua carga tributário abatida, ou seja, uma relação privada com dinheiro público. Já no governo FHC, foi introduzida a partir da Medida Provisória 1.589 a dedução de 100% para projetos de "artes cênicas; livros de valor artístico, literário ou humanístico; música erudita ou instrumental; circulação de exposições de artes plásticas; doações de acervos para bibliotecas públicas e para museus", até torná-la a Lei 9.874, em 23 de novembro de 1999.
            Segundo Yacoff Sarkovas, “o incentivo fiscal é uma estratégia de aplicação do dinheiro público objetivando estimular o investimento privado.” Ele cita o exemplo da Lei do Audiovisual, no qual a dedução fiscal das empresas é de 124%, o que gera um “mero repasse de dinheiro público para aplicação privada”, que nesse caso, não é uma dedução integral, e sim sobreintegral. “Essas empresas não colocam dinheiro próprio para esse filme. Mais do que isso, elas recebem dinheiro público.”
            Esse tipo de financiamento da cultura, mesmo sendo realidade no Brasil há algum tempo, não é a única maneira possível. “O apego às leis de incentivo tem raízes no descaso histórico do Estado brasileiro pela cultura”. Sarkovas apresenta o exemplo de países em que “o benefício se restringe a permitir o abatimento de patrocínios e doações na renda bruta dos contribuintes, e não na sua dedução no imposto a pagar”. Ou no caso da França que é utilizado um sistema de mérito.
            O modelo de privatização da cultura adotado no Brasil está refletido nas políticas adotadas pela FMC – Fundação Municipal de Cultura - da capital mineira - presidido por Thaís Pimentel - principalmente durante a prefeitura de Márcio Lacerda (PSB). Desde então houve a suspensão do projeto Arena da Cultura, criado em 1998, com o intuito de difundir a cultura e “estimular e ampliar a participação efetiva da sociedade civil na formulação, discussão e decisão da política cultural” em bairros periféricos, com a criação de oficinas, seminários, ciclo de debates, curso de formação de agentes e produtores culturais e etc.
            Sintomático também foi o fechamento do Teatro Francisco Nunes e o edital de ocupação do Teatro Marília de 2011, no qual, “pela primeira vez, a administração municipal pretende cobrar uma diária mínima pela ocupação do espaço. O Marília é o único teatro municipal em funcionamento em BH”. As polêmicas em torno da décima edição do Festival Internacional de Teatro de BH em 2010 também se enquadram nas lamentáveis deliberações da FMC.
            Menos divulgado é o tipo de política que está sendo empregada no Museu de Arte da Pampulha. Além do grande corte de funcionários, a prefeitura destituiu os cargos de diretor e curador do Museu, delegando a direção das unidades da cultura dependentes do município à FMC. Os cargos destituídos eram compostos por especialistas e profissionais ligados às artes contemporâneos. Atualmente essas unidades - como o MAP – se tornaram altamente dependentes da FMC, diminuindo assim a autonomia dessas instituições. O que até então era função de um profissional das artes visuais passa a ser delegada à Fundação. Desmantelando assim todas as conquistas que davam autonomia a essas instituições para criação de uma política própria, constituição de acervo, propostas de exposições, residências para formação de jovens artistas, além de uma política educacional.
            Todas essas medidas praticadas pela prefeitura e pela FMC fazem com que a área de cultura e arte retroceda a um estado em que as instituições públicas que deveriam arcar com a produção de eventos de qualidade a serviço da população fiquem deficientes, e que o financiamento à cultura continue a cargo do serviço privado, aprofundando o processo de privatização da cultura e das artes.

             O resultado da política vigente é caracterizado pela privatização e sucateamento dos recursos e meios de produção de arte que vêm subjugando os processos de criação artística a uma lógica a serviço do marketing das empresas ao mesmo tempo em que estrangulam a pesquisa artística e a criação livre. Dessa forma, convocamos os estudantes em geral - parcela significativa do público crítico e apreciador de arte na cidade - e especificamente os estudantes das artes e o professorado (que se encontram ou se encontrarão em atividades profissionais que dependem de políticas públicas eficientes para seu desenvolvimento); convocamos também a comunidade da UFMG, da Escola de Música da UEMG, da Escola Guignard, bem como a classe artística em geral para comparecer a audiência pública do dia 23 de março de 2010, às 13:30, na Câmara Municipal (Av. dos Andradas, 3.100) convocada pelo Movimento Nova Cena para se opor às políticas culturais de BH e discutir outras vias para o financiamento a cultura e para a mobilização dos artistas. Estarão presentes na mesa um representante do prefeito Márcio Lacerda, a presidente da FMC, Thaís Pimentel, o vereador Arnaldo Godoy e um representante do Movimento Nova Cena.

(Texto publicado pelo D.A. da Belas-Artes e Música da UFMG).



Os tópicos da audiência são:

 - diretrizes da atual administração para a Cultura da capital mineira;
 - relevância da economia da cultura e das políticas culturais na gestão da prefeitura municipal;
 - baixa execução orçamentária da Fundação Municipal de Cultura;
 - orçamento e revisão da Lei Municipal de Incentivo à Cultura
 - implementação do Conselho Municipal de Políticas Culturais e do Plano Municipal de Cultura;
 - subutilização dos equipamentos culturais: Teatro Francisco Nunes fechado, cobrança de taxa de locação do Teatro Marília, dentre outros;
 - programas suspensos e ameaçados: FIT-BH, Arena da Cultura, Mostra de Artes Cênicas para Crianças, Arte Expandida, BH Cidadania, dentre outros.

Todos à Audiência Pública: A prefeitura de BH e o sucateamento da cultura e das artes.


dia 23 de março, quarta feira
as 13:30
na Câmara Municipal (Av. dos Andradas, 3.100)

Para saber mais:



sexta-feira, 18 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Música dos anos 80 e a estética do plágio

Uma coisa que não dá pra entender é essa onda de revival dos anos sei lá o quê. Quando acaba um, vem outro. Mas se pensar bem dá pra entender sim. A indústria cultural e seu exército é muito limitada e sem criatividade, gerando a necessidade de copiar a si própria.  O que é um pouco diferente da estética do plágio de Tom Zé. Então, em "homenagem" aos anos 80, ouçam esse clássico que deixaria qualquer Evandro Mesquita vermelho de vergonha. Ou, sei lá, de alegria. A letra é boa e a dica que deixo é: não percam o final.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Fotografias alteradas: quando menos é mais

Fotografias famosas que foram alteradas pelo artista Pavel Maria Smejkal.



Elas me fazem acreditar ainda mais que existe som no espaço sideral.

Nós é que não estamos lá para ouvir.


Para conhecer mais sobre o trabalho do fotógrafo clique aqui.
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sexta-feira, 11 de março de 2011

Mudernez no meio da rua

O Carlos Malta é um dos maiores flautistas e improvisadores brasileiros. Toca numa banda chamada Carlos Malta e o Pife Muderno.

E de vez em quando fala sobre novelas, baixinho, no meio das apresentações.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Wikileaks: revelações ou fofocas?

Documentos a serem divulgados a partir do dia 11/03/11 mostram as articulações das eleições de 2010, que para mim são mais fofocas do que outra coisa. Apenas uma coisa: a teoria da conspiração não é uma invenção minha. Eu também acho os informantes do Wikileaks muito loucos... Apesar de tudo, Hillary Clinton adora os cables recebidos do Brasil, como revelam 2 mensagens escritas pessoalmente pela Secretária americana elogiando as "informações". Por exemplo,  os informantes dos americanos revelaram o seguinte (e os americanos acreditaram):

- Aécio Neves foi cogitado, até o último momento como vice na chapa de Serra. Ele continua sendo, parece que até hoje, considerado o candidato mais "óbvio", agora para 2014. E olha que 2018 já está aí...
- Marina Silva (PV) como vice do Serra foi uma notícia plantada pelo próprio Serra num encontro com o colonista Diogo Mainard. Os tucanos também não tinham dúvida do apoio do PV no segundo turno.
- Lula usou o desejo de candidatura de Ciro Gomes a favor de Dilma, (claro, para bater em Serra), mas se cogitou num certo momento da campanha o nome dele e também do governador Eduardo Campos como possíveis alternativas (black horses) a Dilma, caso a candidatura dela falhasse por algum motivo.

É preciso separar o joio do trigo: os americanos tem fontes, como eu já disse antes, muito comprometidas com interesses deles próprios, com raríssimas excessões. Isto, aliás, torna a leitura dos cables uma tarefa enfadonha. Mas seguindo, outra revelação importante foram 2 estratégias equivocadas de campanha dos tucanos. 

A primeira, foi Serra se aproveitar da liderança nas pesquisas para atrasar ao máximo as definições dos nomes oficiais tanto do candidato a presidente (se Serra ou Aécio) quanto do vice (Aécio, José Agripino e Marina Silva). O primeiro a perceber e pular fora foi Aécio Neves, que ficou para 2014. De novo ( será que Serra e Alckimin vão deixar?) A segunda estratégia desastrada foi a anunciada disposição para uma campanha mais agressiva. Ou seja, desde o início os "sociais-democratas" tupiniquins já tinham em mente a baixaria que se viu nas últimas eleições.

Outra revelação interessante foi um encontro de 90 minutos entre Serra e o secretário americano Arturo Valenzuela. Serra disse a ele que caso vencesse iria se alinhar aos EUA (precisava dizer?). Ou seja, voltaríamos à velha política internacional na qual os americanos mandam e nós obedecemos. Mas, Serra não convenceu ninguém quando resolveu fofocar (o verbo que melhor encontrei foi esse) sobre a presidenta argentina Cristina Kirchner, gerando o seguinte comentário depreciativo de Valenzuela e seus assessores:
  
"Serra pareceu desinformado em geral dos recentes acontecimentos no Cone Sul, incluindo a situação política do presidente paraguaio Lugo, e pareceu muito (primarelly) imerso na política doméstica"




Como eu disse, não sei se são revelações ou fofocas. Cada um pode dizer o que acha.

Blogs que publicaram sobre o mesmo assunto:

domingo, 6 de março de 2011

Dia Internacional das Mulheres

Carnaval. Corpos femininos seminus desfilam nas avenidas e telas.  Audiência.  A terça-feira gorda de carnaval será também o Dia Internacional das Mulheres. Lembrei deste vídeo, que é apenas um bom argumento para falarmos sobre o problema da discriminação das mulheres, violência de gênero e seu significado nas diferentes culturas. Principalmente, pensar sobre o uso dos corpos por aqui, em que diferencia disto e em que se iguala a:

quarta-feira, 2 de março de 2011

As insólitas revelações do Wikileaks: Globo teria ajudado Lula

Telegrama de agosto de 2006 divulgado pelo Wikileaks registra um fato insólito: Fernando Barros, Secretário de Economia de SP reclamou da possível ajuda da Rede Globo ao candidato Lula contra o então adversário Geraldo Alckmin.

Não, vocês não leram errado. Confesso que na hora eu até me lembrei do Professor Hariovaldo Almeida Prado. A reclamação foi feita durante encontro do Secretário Fernando Barros com o Cônsul Geral americano. A causa dessa possível "ajuda" da Globo nas eleições de 2006 seria a redução da dívida milionária da empresa durante o governo Lula. Só para lembrar alguns fatos marcantes envolvendo a Globo e Lula: a famosa edição da "bolinha de papel assassina" do Serra ainda não havia sido feita, mas a do debate com Collor sim.  Não cito mais, mas a lista é longa. O que levaria um sujeito a pensar que a Globo favoreceu o Lula em alguma eleição para mim é um mistério.

Essa informação só serve para mostrar uma coisa: esse mundo está mesmo mudado. E que coisa óbvia, se o mundo é redondo, como o símbolo da emissora, como o seu próprio nome lembra, e como uma bola de futebol, que pode ser  a bala redonda, o golpe fatal na emissora, caso ela perca o futebol nas noites e madrugadas de quarta, agora, quem poderá lhes defender?

Nos telegramas, enaltecem-se o "choque de gestão" e o "choque de capitalismo" de Geraldo Alckmin em São Paulo, e Aécio Neves é apresentado como o candidato mais óbvio do PSDB em 2010. Sensação de deja vu...