segunda-feira, 11 de julho de 2011

Notas e neurônios

Bobby McFerrin virá ao Brasil ainda este mês. Ele é um cantor com forte influência de jazz e música erudita, mas que se aventura em outros gêneros de vez em quando. Fez grande sucesso sua canção "Don't Worry, Be Happy", de 1988, ano em que venceu um Grammy. Nascido no Reino Unido, mas radicado em Nova Iorque, é filho do renomado barítono operístico Robert McFerrin (o primeiro cantor negro de prestígio na ópera). McFerrin trabalhou também com instrumentistas como Chick Corea, Herbie Hancock, Joe Zawinul, Richard Bona e Yo-Yo Ma.

É muito conhecido por sua enorme extensão vocal de quatro oitavas e por sua habilidade de usar a voz para criar efeitos diversos. Além das performances ao vivo, McFerrin criou álbuns em que é o único músico, cantando e simulando instrumentos. É também capaz de entoar canto difônico -- prática muito comum em países asiáticos como Tuva -- em que o cantor produz intervalos harmônicos e acordes a partir de uma só voz. 
(Texto extraído da Wikipedia)


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sábado, 9 de julho de 2011

Eh! São Paulo

Duas visões bem distintas de São Paulo, inspiradas em coisas boas ou nem tanto. A primeira é o vídeo do Carlos Careqa no Programa Bem Brasil.


A segunda é esse mapa:

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O banho, a felicidade e a passagem do tempo

Outro dia fiquei assustado ao ver esta foto da Rita Lee. A legenda da foto dizia que ela afirmou ter retirado os seios com medo do câncer. Eu não quis ler o resto.

Há uma cantora francesa, Françoise Hardy, que se parecia muito com a Rita Lee quando jovem. Eu tentei incorporar uma gravação dela de uma música que o grupo Os Mutantes gravou, ainda com a presença da Rita: Le Premier Bonheur du Jour. Mas o Youtube, que pertence ao Google, não deixou. Pensei em maldizer o Google, mas logo desisti. É que eu sempre pensei que a tradução dessa música fosse "O primeiro banho do dia". Até eu colocar no Google Translator e descobrir que bonheur significa felicidade, e não banho. Isto mudou não só o sentido de toda a letra para mim, como me fez admitir que há coisas que o oráculo pós-moderno resolve.


Mas, tudo bem. Olhando para a foto da Rita Lee e a foto abaixo, de Françoise Hardy, no lançamento de sua autobiografia em 2010, é impossível não refletir sobre como o tempo passa diferente para as pessoas. A beleza está na forma de se envelhecer, eu acho. É impossível não comparar o olhar firme da francesa com a maquiagem pesada da Rita Lee. E pensar: o tempo passou diferente nesses olhos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Violência organizada

Não ofender nem agredir. Ganhar um jogo de futebol e praticar isso é subverter um pouco a lógica de guerra presente nos estádios e, principalmente, nas transmissões dos jogos, substituindo-a pela provocação sadia e lúdica.  Gosto dos textos do Xico Sá e do Torero por causa da elegância sutil, as vezes irônica, ao se referirem aos adversários. A foto da criança ao lado (quase escrevi inocente criança...) é só um exemplo do espírito agressivo e guerreiro do esporte atual. Ele contamina a todos: jornalistas, dirigentes e torcedores e é, aos poucos, naturalizado. Trata-se de uma cultura que vem sendo incentivada e tida como a mais esperada. Expressões futebolísticas tais como "abater o time adversário", "time guerreiro" ou "o matador" são consideradas elogiosas e positivas. Elas já fazem parte do dia a dia, como várias outras similares. 

Mas entre a brincadeira e a agressividade a linha é tênue. Basta ver os comentários preconceituosos sobre os argentinos que jorram na imprensa após uma vitória ou derrota (neste caso, o resultado pouco importa) de algum time brasileiro. E se for a seleção então, nem se fala. A guerra, portanto, não é de torcidas organizadas. Combater as organizadas é como combater o pequeno traficante e permitir que empresários, políticos e juízes corruptos continuem a financiar o narcotráfico internacional e o tráfico de armas. Pelo contrário, trata-se, isso sim, de uma guerra de representações culturais ligadas ao futebol.



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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Xaxado Progressivo

A banda Flaviola e o Bando do Sol gravou, em 74, uma música chamada Romance da Lua, Lua. Baseada num poema de Garcia Lorca, é um rock mas que também dá pra dançar um forró nesse mês que passou, de festas juninas e namorados. Mas essa música só foi ficar um pouco conhecida, se é que podemos dizer assim, alguns anos mais tarde numa gravação da Amelinha, então no auge da carreira.

A banda era liderada pelo Flávio Lira (o Flaviola) e contava entre seus componentes com Lula Côrtes (recentemente falecido), além de Robertinho do Recife, Pablo Raphael e Zé da Flauta. Abaixo a música e a poesia.


Romance de la luna, luna
(F. Garcia Lorca)

La luna vino a la fragua
con su polisón de nardos.
El niño la mira mira.
El niño la está mirando.
En el aire conmovido
mueve la luna sus brazos
y enseña, lúbrica y pura,
sus senos de duro estaño.
Huye luna, luna, luna.
Si vinieran los gitanos,
harían con tu corazón
collares y anillos blancos.
Niño, déjame que baile.
Cuando vengan los gitanos,
te encontrarán sobre el yunque
con los ojillos cerrados.

Huye luna, luna, luna,
que ya siento sus caballos.
Níno, déjame, no pises
mi blancor almidonado.

El jinete se acercaba
tocando el tambor del llano
Dentro de la fragua el niño,
tiene los ojos cerrados.

Por el olivar venían,
bronce y sueño, los gitanos.
Las cabezas levantadas
y los ojos entornados.

¡Cómo canta la zumaya,
ay cómo canta en el árbol!
Por el cielo va la luna
con un niño de la mano.

Dentro de la fragua lloran,
dando gritos, los gitanos.
El aire la vela, vela.
El aire la está velando.

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sábado, 2 de julho de 2011

Mal-traçadas linhas

"E o blogueiro mais epistolar do planeta, com suas mal-traçadas linhas, alimenta o pombo-correio e o solta em direção ao Congresso Nacional, Brasília, com mais uma carta aberta."

Clique aqui para ler a bonita mensagem do Xico Sá para o Tiririca.




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