quinta-feira, 7 de julho de 2011

O banho, a felicidade e a passagem do tempo

Outro dia fiquei assustado ao ver esta foto da Rita Lee. A legenda da foto dizia que ela afirmou ter retirado os seios com medo do câncer. Eu não quis ler o resto.

Há uma cantora francesa, Françoise Hardy, que se parecia muito com a Rita Lee quando jovem. Eu tentei incorporar uma gravação dela de uma música que o grupo Os Mutantes gravou, ainda com a presença da Rita: Le Premier Bonheur du Jour. Mas o Youtube, que pertence ao Google, não deixou. Pensei em maldizer o Google, mas logo desisti. É que eu sempre pensei que a tradução dessa música fosse "O primeiro banho do dia". Até eu colocar no Google Translator e descobrir que bonheur significa felicidade, e não banho. Isto mudou não só o sentido de toda a letra para mim, como me fez admitir que há coisas que o oráculo pós-moderno resolve.


Mas, tudo bem. Olhando para a foto da Rita Lee e a foto abaixo, de Françoise Hardy, no lançamento de sua autobiografia em 2010, é impossível não refletir sobre como o tempo passa diferente para as pessoas. A beleza está na forma de se envelhecer, eu acho. É impossível não comparar o olhar firme da francesa com a maquiagem pesada da Rita Lee. E pensar: o tempo passou diferente nesses olhos.

5 comentários:

Gilsiane disse...

Graças a Deus o tempo passa diferente para as pessoas... E viva a diversidade!

Anônimo disse...

doutor sujeira, seu texto tá muito poético. Sobre o mesmo tema, isabelle rosselini, aos 48 disse que se sentia muito agradecida de ter vivido tanto, de ter acumulado muita experiência, o que lhe permitia muita curiosidade pelos anos que viriam pela frente. Acho que o banho substitue bem a maquiage mas parece que as mulheres não acreditam...é uma pena. Observo que françoise hardy aparentemente não pintou de preto os cabelos. Ela me lembrou joan baez que, aliás, cantava "volver a los diecisiete".

Doutor Sujeira disse...

O texto foi escrito antes da terceira goleada seguida sofrida pelo Galo. Se eu demorasse mais um pouco seria só de palavrões. Aliás, tem várias poesias excelentes feitas só de palavrões, me lembro agora do Soneto do Olho do Cú, do José Celso Martinez Correa, que foi musicado pelo José Miguel Wisnick. Qualquer dia desses vou procurar pra ver se encontro na Internet e ponho aqui.

Anônimo disse...

"nome aos bois" é cheia de palavrões.

Doutor Sujeira disse...

pesados