segunda-feira, 11 de abril de 2011

O ecocapitalismo e a proibição das sacolas plásticas

Como várias outras cidades do mundo já fizeram, as sacolas plásticas estarão proibidas também em Belo Horizonte a partir da próxima semana.  A onda verde é positiva e benvinda. Mas, o fato é que a medida deveria ter entrado em vigor dia 28/02 passado, se o prefeito-empresário da cidade não tivesse adiado o início para a segunda, dia 18/04.  Talvez no lugar onde ele mora, que não é a cidade que governa, não tenha esse problema. Ótimo para ele e seus vizinhos de condomínio. Mas aqui na capital, ou a pessoa passa a levar uma sacola reaproveitável de casa ou então pagará R$ 0,19 (preço tabelado) por uma sacola plástica oxibiodegradável ou  "ecológica". Estima-se que uma sacola plástica comum leve de 50 a 300 anos para decompor-se. Já a que será vendida decompõe-se num prazo muito menor, de 18 meses. 

Mas os fabricantes das antigas sacolas plásticas afirmam que não é bem assim. Os representantes das multinacionais dizem que os plásticos com aditivos oxi-degradáveis não desaparecem na natureza. Segundo eles, depois de fragmentados os materiais se dispersam no ambiente e tornam sua coleta absolutamente inviável, liberando micropartículas de metais pesados, inclusive o cobalto, que irão poluir os lençóis freáticos.

Eles também afirmam que as sacolas plásticas comuns geram emprego e renda para catadores e cooperativas, pois são recicláveis.

Bem, só faltou pedir para as pessoas jogarem o lixo na rua mesmo, gerando emprego e renda para o serviço de limpeza urbana e milhares de catadores.

É o chamado eco-capitalismo.

...

2 comentários:

Anônimo disse...

Quem paga o SACO PARA LIXO ? Um apelo !

Em Belo Horizonte foi votada e aprovada uma lei para abolir a sacola plástica comum que uma imensa parte dos consumidores utiliza posteriormente como SACO PARA LIXO.

Agora que as sacolas abolidas são consideradas mais sustentáveis** como fica essa lei?
**Leia a reportagem "Sacola plástica é o tipo mais sustentável, diz estudo"
da Revista Exame colada ao final deste email.

A LEI ESTÁ ANACRÔNICA ?

A LEI SERÁ REFORMULADA ?

NECESSITAMOS PENSAR E REPENSAR MESMO APÓS APROVADA UMA LEI, PARA ATÉ MESMO, REFORMULÁ-LA EM FACE DAS NOVIDADES QUE A TORNA SEM SENTIDO.


AFINAL, QUEM PAGA O SACO PARA LIXO ?
Sem a sacolhinha plástica comum, teremos que usar outro plástico para acondicionar o lixo.

AGORA É O CONSUMIDOR QUE ANTES TINHA UMA SACOLINHA PARA ENCHER COMO SACO PARA LIXO !
Será que somos uma população economicamente preparada para arcar com esse ônus?

A Lei Municipal N° 9.529, de 27/02/2008, é de autoria do vereador Arnaldo Godoy (PT), foi sancionada pelo ex-prefeito Fernando Pimentel (PT) e está sendo implantada pelo Decreto Municipal Nº 14.367, de 12/04/2011, do atual prefeito Márcio Lacerda (PSB). Todos são homens públicos de inteligência e responsabilidade, mas que não dispunham do estudo publicado recentemente em 11/04/2011 na Revista Exame da Editora Abril e outros sites de notícias.

Disponível em: < http://cmbhapweb.cmbh.mg.gov.br:8080/silinternet/consultaNormas/detalheNorma.do?id=2c907f7617f883d0011865071dc108fe&metodo=detalhar# >
Acesso em: 22/04/2011.

Disponível em: < http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/sacola-plastica-e-o-tipo-mais-sustentavel-diz-estudo >
Acesso em: 22/04/2011

Ajude Belo Horizonte a sensibilizar nossos legisladores para repensar a lei da sacolinha plástica.

Assim, no sentido de pedir aos nossos vereadores e demais políticos que usem do bom senso, que pensem, que repensem no tocante a possibilidade de retorno da situação de antes, faço o apelo para que todos aqueles que receberem esta mensagem repassem-na para seus parentes, amigos e, principalmente, para os vereadores e deputados cujos emails* estão ao final deste.
*Para enviar basta copiar os emails e colá-los no local onde se escreve os emails para quem queremos enviar.

QUEM SABE UM REFERENDO PARA A DECISÃO VIR PELOS CIDADÃOS?

Reconheço nos nossos políticos, homens e mulheres de grande inteligência e sensibilidade, os quais saberão perceber a quão simples é nos conceder o direito a não ter que pagar pelo saco para lixo e de nos permitir usar uma mera e simples sacola plástica.

E mais, em contraposição à proibições puras e simples, talvez criar medidas de reciclagem cause melhor impacto, pois dirigem os ânimos dos cidadãos para ações mais colaborativas.


Meu sincero e singelo Obrigado por ler meu apelo,

Marcelo Cândido Da Costa

Doutor Sujeira disse...

Discordo. Pois isso representa apenas o interesse das multinacionais, que é mais nocivo que o dos ecocapitalistas.