Por Idelber Avelar.
Eu não nasci em BH, mas me considero belo-horizontino. Nas zonas oeste,
centro ou leste da cidade morei entre 1975 e 1990 e, dos 22 anos desde
então, só em 2 ou 3 deixei de passar pelo menos 3 ou 4 meses na cidade.
Creio conhecer algo de seus recovecos e seu jeito de estar no mundo. É,
para mim, um paradigma da cidade-véu, a urbe que demanda uma iniciação
mais complexa, dependente, em geral, de um(ns) guia(s), ao contrário de
um Rio, Buenos Aires ou Nova York, cidades que se entregam e se
oferecem, mesmo à caminhada aleatória, muito mais facilmente (cidades-vitrine).
Nesse sentido, BH se parece mais a São Paulo — urbes em que, se você
começar a caminhar aleatoriamente em/ a partir do centro, você muito
provavelmente não vai encontrar nada de importante, nada que a caracterize, nada que valha a pena conhecer. A cidade demanda uma exploração mais direcionada. Continue a ler:
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